Não é "até que a morte nos separe", é até que a eternidade se curve ao nosso amor, rendida, em silêncio, diante do que somos.
Porque o que vive em nós, não conhece fim, não teme o tempo, não se dissolve na ausência.
Somos um sopro que persiste, um eco que atravessa mundos, um gesto que se repete em todas as vidas como se o destino, apaixonado por nós, nos desenhasse de novo, sempre juntos.
Mesmo quando o tempo cessar suas batidas, ainda seremos lembrança viva no tecido do infinito duas almas entrelaçadas num beijo sem relógio, num abraço que nenhum universo poderá desfazer.
E se o céu apagar as estrelas, e se os dias deixarem de nascer ainda assim, te amarei, no espaço onde não há nome, no lugar onde só os eternos reconhecem.
Porque te amar é existir além da existência, é fazer do amor morada, e da eternidade, chão.